segunda-feira, 30 de julho de 2012

O dogma da reencarnaçao .

Em que se funda o dogma da
reencarnação?

“Na justiça de Deus e na revelação, pois
incessantemente repetimos: o bom pai
deixa sempre aberta a seus filhos uma porta
para o arrependimento. Não te diz a razão
que seria injusto privar para sempre da
felicidade eterna todos aqueles de quem
não dependeu o melhorarem-se? Não são
filhos de Deus todos os homens? Só entre os
egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio
implacável e os castigos sem remissão.”
Todos os Espíritos tendem para a perfeição
e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la,
proporcionando-lhes as provações da vida
corporal. Sua justiça, porém, lhes concede
realizar, em novas existências, o que não
puderam fazer ou concluir numa primeira
prova. Não obraria Deus com equidade, nem
de acordo com a Sua bondade, se
condenasse para sempre os que talvez
hajam encontrado, oriundos do próprio
meio onde foram colocados e alheios à
vontade que os animava, obstáculos ao seu
melhoramento. Se a sorte do homem se
fixasse irrevogavelmente depois da morte,
não seria uma única a balança em que Deus
pesa as ações de todas as criaturas e não
haveria imparcialidade no tratamento que a
todas dispensa.
A doutrina da reencarnação, isto é, a que
consiste em admitir para o Espírito muitas
existências sucessivas, é a única que
corresponde à idéia que formamos da
justiça de Deus para com os homens que se
acham em condição moral inferior; a única
que pode explicar o futuro e firmar as
nossas esperanças, pois que nos oferece os
meios de resgatarmos os nossos erros por
novas provações. A razão no-la indica e os
Espíritos a ensinam. O homem, que tem
consciência da sua inferioridade, haure
consoladora esperança na doutrina da
reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não
pode contar que venha a achar-se, para
sempre, em pé de igualdade com os que
mais fizeram do que ele. Sustém-no, porém,
e lhe reanima a coragem a idéia de que
aquela inferioridade não o deserda
eternamente do supremo bem e que,
mediante novos esforços, dado lhe será
conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua
carreira, não deplora haver tão tarde ganho
uma experiência de que já não mais pode
tirar proveito? Entretanto, essa experiência
tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará
em nova existência. (A.K.)              



                                                                                                        calite

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